Pesquisadora da UNIB aborda fatores de risco de distúrbios alimentares em estudantes universitários

13 de Junho de 2024
Investigadora da UNIB aborda fatores de risco de distúrbios alimentares em estudantes universitários

A Dra. Mercedes Briones, pesquisadora da Universidade Internacional Iberoamericana (UNIB), está colaborando em um estudo que aborda os fatores de risco dos distúrbios alimentares em estudantes universitários. 

Os distúrbios alimentares (DE) são uma grande preocupação na sociedade atual e afetam pessoas de todas as idades. Estas doenças mentais graves caracterizam-se por uma percepção distorcida da imagem corporal e uma obsessão excessiva com a ingestão de alimentos. Embora qualquer pessoa possa desenvolver um distúrbio alimentar, as taxas de incidência mais elevadas ocorrem principalmente entre as mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos.

Para saber como se gera este problema nos estudantes, a Dra. Briones, juntamente com outros profissionais, realizou um estudo observacional e descritivo que envolveu 129 estudantes do primeiro e quarto ano da Universidade Europeia do Atlântico (UNEATLANTICO) durante um período de dois anos. O risco de desenvolver este distúrbio alimentar foi avaliado através de testes auto-administrados como o SCOFF, o EAT-26 e o BITE. Além disso, a adesão à dieta mediterrânica (DM) foi examinada como uma medida da qualidade da dieta entre os estudantes. Os dados foram recolhidos no início e no final do ano letivo para avaliar as alterações nos fatores de risco.

Os resultados do estudo revelaram dados interessantes. No início do ano letivo, 34,9% dos participantes estavam em risco de desenvolver distúrbios alimentares gerais. Uma análise mais aprofundada revelou que 3,9% estavam em risco de desenvolver anorexia nervosa (AN) e 16,3% estavam em risco de desenvolver bulimia nervosa (BN). À medida que o ano letivo avançava, estas percentagens aumentaram ligeiramente para 37,2%, 14,7% e 8,5%, respetivamente. Este facto indica um aumento do risco de desenvolvimento do comportamento em questão entre os estudantes universitários durante a sua formação profissional.

Verificou-se também que as mulheres no seu primeiro ano de universidade tinham duas vezes mais probabilidades de desenvolver perturbações alimentares gerais do que os homens. Isto sugere que o gênero desempenha um papel importante na suscetibilidade ao desenvolvimento deste problema. Além disso, foi encontrada uma relação inversa entre o nível de adesão à dieta mediterrânica e o risco de desenvolver perturbações. Os estudantes com uma adesão baixa a moderada à dieta mediterrânica apresentavam um risco muito menor em comparação com os que tinham uma adesão baixa. Este facto sublinha a importância de promover uma dieta saudável e equilibrada para prevenir o aparecimento das perturbações.

Os resultados indicam a necessidade de intervenções específicas, especialmente em relação às diferenças de género na suscetibilidade, e a promoção de uma dieta saudável. É fundamental sensibilizar e apoiar os jovens adultos para que mantenham uma imagem corporal positiva e uma alimentação saudável ao longo da sua carreira académica. Ao abordar estas questões, é possível criar um melhor ambiente para que os estudantes universitários possam prosperar tanto a nível académico como mental.

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